sábado, 18 de dezembro de 2010

MeuEu.



''Não faço planos, não tenho pressa, não crio expectativas, e assim costumo gostar de tudo o que acontece, sem frustrações.'' (Maria Gadú)

Eu desejo dizer essa frase, mas o que vivo é completamente o contrário.É impressionante como cultivos sonhos e desejos irreias como não estou satisfeita com o que tenho e talvez queira até o desnecessário.
Particularmente não gosto muito do tipo de pessoa que sou,inconstante e as vezes desequilibrada.
Eu só peço que o CARA lá de cima olhe por mim e por tudo que desejo e também por aqueles que amo e outros que ainda vou amar, espero estar perto de pessoas que hoje me fazem bem e principalmente estar perto de pessoas que nem sabem quem sou mas que admiro e que poderão me fazer bem também.

O intuito do blog não era fazer diário virtual ou coisa do tipo mas senti necessidade de desabafar até porque tenho divresos diários de papel mas esqueço de escrever ou só não sinto vontade mesmo...
                                       Sã Nascimento

domingo, 12 de dezembro de 2010

O azul da razão

                                 [Imagem retirada de: http://madoniram.blogspot.com/2010/08/androgino.html]


- Hey, você?! - Grita o manequim da rua sete.
Claudia, uma jovem de vinte e poucos anos classe alta bem vestida, se assusta com um grande manequim azul e indaga:
- Oi, é a mim que você chama?
-Claro e por um acaso você vê mais alguém aqui tão parecido comigo além de você?
Sem entender a jovem super desconfiada dispara:
-Imagina, você igual a mim? NUNCA! Eu ando livre e segura, tenho olhos que piscam, nariz e boca, eu respiro querido e mais não sou azul.
-Pois é, mas não vê que usamos as mesmas roupas caríssimas e finas?
-Sim vejo, mas eu as compro e exibo em jantares, teatros, festa e ão só em uma vitrine.
-Ora ora, assim a senhorita me ofende! Se não fosse por mim talvez as madames não se interessariam por essas lindas peças.Embora manequins como eu não sejam bonitos, eu e todas vocês, temos a mesma essência. Muita marca, glamour e pouca compaixão.Sou muito desejado ao longo do dia.Mas e o seres humanos aí jogados na vertical?Ninguém os percebe e quando reparam que estão ali sentem medo, trocam de calçada.Você sabe a diferença de valor da tua bolsa chanel e de um pão?Esses cidadãos sem marca, sem status, sem chão não lhe pedem um milhão eles somente precisam de atenção!


                                                                                  Samia Nascimento
                                                                                   Conto 2010




"Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, permência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda." 
                                                                                         Eu etiqueta

                                          Carlos Drummond de Andrade


                                                 

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Nazareth Pacheco


                                                      Sem Título
                                    Acrílico e agulhas. base 7 x 50 x 24 cm (altura variável), 1999

                                                                Sem título
Cristal, lâmina de barbear e miçanga 1997
                                                   Acervo MAM-SP
                                                                  


                                                                                                Sem título
                                                                   Borracha. 400 cm. 1989
                                                Coleção: Jaime Roviralta



                                                                                                      Sem título
Obra exposta na XXIV Bienal Internacional de São Paulo. 1998





                                                                  Sem título
                                       Acrílico e aço. 2001


                                        Sem título
                                                     Cristal, miçanga, lâmina de barbear e acrílico. 200 x 80 x 77 cm. 2003
                                                  Sem Título. Acrílico
                                                                    54 x 8cm de diâmetro, 2004


Nazareth Pacheco artista do final dos anos 80 ínicio dos 90. Sua arte é baseada no minimalismo com elementos simbólicos e alguns fatos auto biográficos.
A artista cria a partir de  tratamentos médicos e estéticos aos quais foi submetida desde o nascimento: 
Médicos: Cirurgia de correção de lábio leporino,cirurgia nas mãos, transplante de córnea, cirurgia nospés, nariz e boca.
Estéticos: Tratamento da pelo do rosto, aparelho dos dentes, depilação, limpeza de pele, entre outros.

Nazareth Pacheco mistura o belo com a dor, o desejo com a repugna.
A confecção desses objetos estavam diretamente ligados a objetos que sempre  causaram medo e pânico: agulhas, lâminas mas, por outro lado, utiliza-se também cristais, pérolas, materiais esses extremamente  desejados.

A obra é lindíssima mas causa uma certa estranheza.
Objetos do dia-a-dia transformados em objetos cortantes que podem causar muita do, é um bonito inutilizável.
Eu particularmente não sei descrever o que essas obras me transmitem.Um misto de sentimentos: dor, amor, alívio, medo, horror... (Sã)


E a ti o que cada um desses objetos causa???

domingo, 28 de novembro de 2010

Cidade maravilhosa (?)

São 6:30 da manhã de minha janela vejo o Cristo com os braços abertos.
É... Rio de Janeiro, vem aí o teu contraste.
Crianças com futuros incertos na favela da rocinha.
Trabalhadores nos pontos de ônibus,com a esperança , para não perder seus salários de fome e suas bolsas de esmola.
"POW POW" A morte atormenta mais uma mãe que chora.Lá fora já as 8:00, a bateria e sua rainha não param.Ah! O carnaval... 
"Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil, cidade maravilhosa coração do meu Brasil"
Estranho enxergar o Rio de todas as faces, um Rio que chora,grita,pula,samba e implora: Precisamos de atenção!!!
Já se foram as horas trabalhadas, ainda na janela, observo a colcha de retalhos a noite vem chegando e a cidade maravilhosa fica turbulenta, sinto medo. A persiana já está meio abaixada, de longe percebo pequenas meninas-mulheres levando um cacete sem pagamento, sem o leite, os homens com os dedos queimados, o crack fumado.A cidade se cala.
Em uma nova manhã: pão, café, leite e a manchetede jornal que anuncia "Mangueira campeã no carnaval, rocinha campeã em..."


Texto por: Sã Nascimento
05/10/2010
Crônica





sábado, 27 de novembro de 2010

Todo fim simboliza um novo começo:



Uma nova etapa da vida, um novo blog.
Ontem pensei em desistir de um sonho,acordei com outros,e assim vai  vou renovando sonhos, chorando, gritando e persistindo...
Algumas coisas sobre mim:
Nome: Samia Nascimento
Apelido: Sã, Mita,Catita
Qual é sua maior qualidade? Compaixão
E seu maior defeito? Falar demais
O que você mais aprecia em seus amigos? A paciência
Sua atividade favorita é: Dormir
Qual é sua ideia de felicidade? Realizar sonhos, todos eles
E o que seria a maior das tragédias? Morrer sem realizar tudo o que desejo
Qual é sua viagem preferida?A que ainda não fiz pro Rio de Janeiro
Qual é sua cor favorita? Branco, roxo.
Uma flor: aquelas amarelinhas que tem em casa de avó
E seu prato favorito? Batata frita e camarão
Quais são seus autores preferidos? Nelson Motta
E seu cantor? Cazuza e Maria Gadú
Que superpoder gostaria de ter? Invisibilidade
O que você mais detesta? Hipocrisia e má educação
Se pudesse viajar no tempo, para onde iria? Para o colo da minha avó,como fazia quando era criança
Como você gostaria de morrer? Acordada para saber que morri
Qual é o lema de sua vida? ''Deixa estar que o que for pra ser vigora"
No que pensa quando acorda? Tô viva
Uma mania: pintar as unhas
Gasta muito com: sapato
Uma vaidade: Rímel e blush
Qual é seu maior pecado? Preguiça
O que é sagrado para você? Deus,mãe, namorado, amigos
Qual foi a maior tristeza de sua vida? Perder minha mãe véia, e minha tia Néia
Defina-se em uma palavra: Inconstante.